Seus avós
Elias Gonçalves Filgueiras e Philomena Barros Filgueiras em 18 de Agosto de 1895
(pais de Alfredo Gonçalves Filgueiras)
Não me lembro de ter ouvido papai falar no
seu avô paterno, nem de sua avó paterna.
Encontrando-me com uma neta do tio Manoel
Gonçalves Filgueiras, irmão do meu
avô,
Elias, Djanira Filgueiras Guitti, ela deu-me
como nossos bisavós paternos:
João
Gonçalves Filgueiras e
Maria Gomes Filgueiras;
não sei como Djanira tem essa notícia.
O que eu ouvi Papai falar muitas vezes foi de seus tios
paternos - Antônio Gonçalves Filgueiras e
Manoel Gonçalves Filgueiras -, portanto meus
tios avós, que como o meu avô Elias
Gonçalves Filgueiras, eram de Leopoldina - MG (
),
onde eram fazendeiros e daí, meu avô
Elias se separou deles, indo para a região de
Carangola (
), por ocasião da abolição
da escravatura.
Manoel Gonçalves Filgueiras
Do meu tio-avô
Manoel Gonçalves
Filgueiras, vindo de Leopoldina (
)
fixou residência
em Porto Novo do Cunha, hoje Além Paraíba
(
),
onde criou sua família. Era fazendeiro,
cultivador de café, dono da Fazenda Estrela.
Sua neta Djanira, de quem obtive suas notícias,
deu-me o nome de sua avó, esposa do Manoel
Gonçalves Filgueiras -
Isabel Gomes Filgueiras,
de quem muito se lembra: era baixa, gorda, morena,
cabelos pretos e muito carinhosa; enviuvando-se,
depois de morar algum tempo na fazenda, mudou-se para
local próximo de Além Paraíba e
finalmente foi para Belo Horizonte (
), onde faleceu.
Pela
Djanira tenho os nomes dos filhos do tio Manoel:
Dulcy na
Gávea, Sinval, Corina e Azulina, conheci-os em
Belo Horizonte, pelos idos de 1955, donos de uma
pensão em rua próxima da
estação ferroviária, eram
solteiros.
Sofia Filgueiras Carvalho
"No mesmo dia em que os escravos começaram a abandonar os cafezais, os engenhos de açúcar, o tronco e senzala, nascia na Fazenda Estrela, no município mineiro de Porto Novo da Cunha (
), às 9h., Sofia Filgueiras Carvalho, filha de Manoel Gonçalves Filgueiras e Isabel Gomes Filgueiras. Hoje, 100 anos depois, o dia 13 de maio, que para a comunidade negra não representa uma data festiva, será comemorado com muita pompa num encontro que vai reunir os seis filhos (eram 11, cinco falecidos), 60 netos, 90 bisnetos e 16 tataranetos de Dona Sofia"
Seus tios maternos
Também temos tios-avós paternos que
são tios maternos para o Papai. Ele falava de
sua avó materna a quem conheceu. A ela se
referia comparando-a à mulher virtuosa, citada
em Provérbios 31; tratava-a por madrinha
Bernardina. Ele se lembrava dela já em 2º
matrimônio, com Israel Dornelas, a quem ele
tratava por padrinho Israel.
Do 1º matrimônio
tinha a madrinha Bernardina 3 filhas:
- sua mãe Philomena;
- sua tia Teófila, esposa
do tio Antônio Gonçalves Filgueiras, citado acima (2
irmãos, Elias e Antônio casados com 2
irmãs Philomena e Teófila);
- e a 3ª, da
qual ouvi tia Teófila falar várias vezes,
chamando-a por Mana, residia na roça, num lugar
chamado Vinhático, município de Tombos de
Carangola. Lembro-me de certo dia em que, ao chegar com
mamãe à casa de tia Teófila, ela
logo deu a notícia: "olha Maninha, a Mana
já pode dizer: "minha neta dá cá o
teu neto". É que a Mana ficou tataravó,
nascendo-lhe um tataraneto.
Estas 3 citadas, como
já disse, são do 1º matrimônio da
madrinha Bernardina, avó de meu Pai. E nunca
ouvi-lhe falar o nome de seu avô, com certeza
já não existia quando ele conheceu a
avó, mas, por certo, tinha por sobrenome Barros,
porque sua mãe Philomena e sua tia
Teófila assinavam Barros Filgueiras.
Do 2º matrimônio foram:
Foram estes
os tios maternos do Papai, mas nossos tios paternos.
O tio Jacob Barros Dornelas tinha um irmão do 1º
matrimônio do padrinho Israel Dornelas que
assinava
Jacob Nunes Dornelas, a quem também
nós e Papai chamávamos de tio, mas
não o era, pois era enteado da madrinha
Bernardina. Também a este conheci, pois com os
filhos, já moços e moças,
freqüentava nossa casa em Santa Clara (
), já
era viúvo.
Até aqui citamos os tios paternos e maternos
de Papai, portanto nossos tios-avós-paternos.
Também já citamos nossos tios paternos,
os irmãos de Papai.